Sarau “Olhos Coloridos” conecta trespontanos com as raízes e expressões musicais afro-brasileiras

 

O segundo dia de comemoração da 1ª Semana da Consciência Negra e Afromineiridade, foi um espetáculo. No público não haviam tantas pessoas. Alguns se acomodoram na arquibancada no Sambódromo Jaime Abreu e outros ficaram de pé mesmo, para curtir uma diversidade de canções, com letras marcantes e histórias que mexem com as pessoas. O objetivo é ajudar a preservar e transmitir a herança cultural da sociedade e ser uma oportunidade de conscientização que todos somos iguais, independente da cor da pele, do tipo de cabelo ou da religião escolhida.

Por isso, o tema do Sarau, “Olhos Coloridos” mostrou que a diversidade de ritmos soma ao talento de tantos trespontanos, inclusive dos negros que subiram no palco e como sempre fazem dão o seu melhor. Com voz firme mas mansa, as apresentações começaram ainda na luz do dia. A noite foi caindo, as pessoas deixaram o trabalho e foram curtir uma quinta-feira diferente pós feriado, com show de graça com música boa na Avenida Oswaldo Cruz.

Cada artista, grupo ou movimento fez duas apresentações, antecedendo o show principal da noite, com Gildeon. O pagodeiro animou o público e cantou clássicos do samba e pagode, com o jeito mineiro e trespontano de ser.

A surpresa foi a presença de Carlos Ferreira, retornando a sua terra natal e sendo rodeado por amigos e admiradores, pessoas que sabem da luta do filho único de dona Maria Zélia dos Passos e José Benedito Ferreira. O menino estudou no Grupo Escolar Cônego Victor, ajudou a fundar a Igrejinha da Vila Marilena e ganhou o mundo como professor e dançarino. Atualmente ele reside em Nova York e casou com um americano – Christopher Davis. Aceitou vir ao Brasil e se emocionou ao subir no palco da sua cidade e ver tanta gente que o viu sofrer quando mais jovem.


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