Polícia prende homem que se passava por médico e é suspeito de estupros e maus-tratos em clínica de recuperação em Ijaci

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (10) um homem de 62 anos acusado de praticar uma série de crimes em uma clínica de recuperação feminina, localizada na zona rural de Ijaci, no Sul de Minas. O suspeito, natural de Ubatuba (SP), se apresentava como empresário e terapeuta, mas se passava por médico no local, onde, segundo as investigações, teria cometido crimes sexuais, maus-tratos e se apropriado de bens das internas.

A operação contou ainda com o cumprimento de mandados de busca e apreensão dentro da clínica, que funcionava de forma irregular. Durante a ação, os policiais encontraram mulheres em tratamento, além de adolescentes, idosas e pessoas com transtornos mentais. Entre elas, estava uma jovem autista não verbal, que foi localizada trancada em um quarto, em condições que chamaram a atenção das autoridades.

As denúncias que chegaram à Polícia Civil apontavam que o homem ministrava medicamentos sem qualquer tipo de autorização legal, colocando em risco a saúde das pacientes. Além disso, o suspeito é investigado por uma série de abusos sexuais, incluindo estupros e importunações sexuais contra internas em situação de vulnerabilidade.

A apuração também revelou indícios de crimes financeiros. Em um dos casos, ele teria feito um empréstimo de aproximadamente R$ 20 mil em nome de uma interna, sem qualquer justificativa para a utilização do dinheiro. O valor nunca foi devolvido e teria sido utilizado em benefício próprio.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam para verificar se havia outras pessoas envolvidas no esquema e para mapear o total de vítimas atingidas. O suspeito permanece preso e deve responder pelos crimes de estupro, importunação sexual, maus-tratos, exercício ilegal da medicina e estelionato.

O caso trouxe grande repercussão em Ijaci e em toda a região, pela gravidade das acusações e pelo perfil das vítimas, que, em sua maioria, buscavam no local apoio para tratamento de dependência química. A descoberta reforça a necessidade de fiscalização em instituições desse tipo, especialmente quando envolvem pessoas em situação de fragilidade social e de saúde.


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