A Delegacia de Polícia Civil concluiu o inquérito policial instaurado para apurar o crime de maus-tratos contra um filhote de gato, ocorrido no bairro Alcides Mesquita, em Três Pontas. O caso, registrado no dia 11 de abril, gerou grande repercussão na cidade e também ganhou destaque em toda a região.
Durante as investigações, a polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança, que, por si só, já apresentavam fortes indícios da autoria e materialidade do crime. Para reforçar ainda mais o inquérito, foram ouvidas a tutora do animal, considerada vítima, uma testemunha que estava com o investigado no momento dos fatos, e o próprio suspeito, que também foi interrogado formalmente.
De acordo com o delegado Dr. Gustavo Banterli Moreira, o investigado, um homem de 30 anos, relatou que havia ingerido grande quantidade de bebida alcoólica ao longo do dia. Ele afirmou que sua intenção, ao pegar o animal, era apenas afastá-lo, arremessando-o para o meio da rua. No entanto, as imagens mostram claramente que essa versão não condiz com a realidade.
As gravações evidenciam que o animal apenas passava pelo local quando o suspeito o capturou e o arremessou violentamente contra um poste de iluminação pública. Ainda segundo o delegado, após a agressão, o homem não demonstrou qualquer sinal de remorso, tampouco prestou socorro ao animal, que agonizava. Também não buscou ajuda de terceiros ou de profissionais capacitados. O gato que a dona de casa havia acabado de adotá-lo acabou morrendo.
É importante destacar que, em 2020, a legislação referente ao crime de maus-tratos contra cães e gatos foi alterada. A pena, que antes era mais branda, passou a ser de 2 a 5 anos de reclusão, justamente devido ao aumento de casos e à comoção social causada por esse tipo de crime.
Com a conclusão do inquérito, o suspeito foi formalmente indiciado pelo crime de maus-tratos. Ele poderá ser denunciado pelo Ministério Público e vir a responder judicialmente, estando sujeito às sanções previstas em lei.
Embora o crime seja grave, o investigado, que não possui antecedentes criminais, responderá ao processo em liberdade. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, que dará continuidade aos trâmites legais.