Por Mariana Tiso, para Equipe Positiva
Os moradores de Três Pontas seguem enfrentando os impactos dos sucessivos atrasos na obra da MG-167, uma das principais rodovias do Sul de Minas. A entrega da reforma no trecho que liga a cidade a Varginha foi adiada pela terceira vez, e o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) ainda não definiu uma nova data para conclusão.
A obra, que prevê a instalação de terceira faixa em um trecho de 10 quilômetros, teve início em 2022 e soma até agora três anos de intervenções, com apenas 60% dos serviços executados. O prazo mais recente previa a entrega em junho de 2025, mas o cronograma voltou a ser prorrogado e a nova previsão é apenas para o segundo semestre deste ano — sem data estipulada.
Segundo o DER, a intervenção tem investimento estimado de R$ 40 milhões, com recursos do governo estadual e de emendas parlamentares. Com a ampliação da via, o objetivo é melhorar o fluxo de veículos e reduzir os custos com acidentes de trânsito, com uma estimativa de economia anual de R$ 3,8 milhões.
Obra integra concessão privada
Ao fim da obra, a rodovia passará a integrar o Lote 3 – Varginha–Furnas, dentro do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo de Minas, e ficará sob a gestão da EPR Vias do Café, empresa responsável por diversos trechos no estado.
Histórico de atrasos
As obras começaram em 2022, mas foram interrompidas entre dezembro daquele ano e fevereiro de 2024. O motivo foi a desistência da empresa vencedora da licitação, que executou apenas 6% dos serviços e abandonou o contrato. Foi necessária a realização de um novo processo licitatório.
Com a contratação de uma nova empresa, os trabalhos foram retomados e, em um ano e três meses, o projeto avançou até 60%. A obra já teve sua entrega prometida para outubro de 2024, depois reprogramada para junho de 2025 e agora, mais uma vez, postergada para o segundo semestre — sem justificativa oficial por parte do DER sobre os novos atrasos.
A MG-167 é uma via estratégica para Três Pontas, sendo amplamente utilizada por produtores rurais, moradores e motoristas que trafegam entre cidades da região. Os constantes adiamentos seguem gerando insegurança e insatisfação entre os usuários da rodovia.
A Equipe Positiva seguirá acompanhando o andamento das obras.
Fonte: G1