O Tribunal do Jurí, condenou a 14 anos, Wesley Adriano Alves de 35 anos, pelo assassinato de Raí dos Reis Azevedo Silva de 28. O crime foi em dezembro de 2023, durante uma festa de confraternização de uma cooperativa em um clube no bairro Catumbi, em Três Pontas.
O movimento de familiares foi bastante pequeno durante todo o dia no Salão do Júri. Wesley chegou pouco antes das 8 da manhã, escoltado pelos policiais penais. O advogado de defesa Dr. Dalton de Oliveira Braga, disse durante a sessão que vítima e autor estavam com taças na mão, objeto usado no crime na hora da confusão que se formou a caminho da portaria. Ele alegou negativa de autoria e que o segundo golpe dado, que seria teria causado a morte de Wesley, teria sido desferido de uma terceira pessoa envolvida na confusão, ou até ele próprio ao cair.
Ainda segundo Dr. Dalton Braga, uma testemunha teria afirmado que Raí teria desferido um murro no rosto de Wesley e que ele então teria agido em legítima defesa, pegou a taça e acabou atingindo a cabeça da vítima.
Mesmo assim, o Júri acatou duas qualificadoras – motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele vai ficar preso em regime fechado, até cumprir a pena imposta. O Júri terminou por volta de 16:00 horas.
O homicídio foi registrado em um fim de semana violento em Três Pontas. Na época, a Polícia Militar teria registrado que um casal havia sido abordado por um rapaz, do lado de fora, próximo ao portão de entrada. Este teria oferecido a eles sete pinos de cocaína para que conseguisse entrar, mas eles recusaram. Mais tarde, o casal percebeu que o rapaz havia conseguido entrar.
Em determinado momento, ele (o rapaz que havia entrado) teria se aproximado deles e desferido um soco no rosto do homem que estava com sua namorada. Foi ai que Raí dos Reis Azevedo Silva, aproximou-se dos envolvidos com a intenção de separar a confusão. O acusado então teria dito: “você não é capoeirista? cai dentro então”, iniciando uma discussão verbal entre eles.
Raí foi atingido por um golpe de taça de vidro no pescoço e no rosto e os dois começaram a brigar. Eles percorreram alguns metros, até que o acusado conseguiu empurrar Raí contra uma cerca de tela e atingir mais um golpe profundo usando a taça contra o pescoço da vítima. Raí então caiu provocando um enorme sangramento. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado no clube, mas quando chegou, o rapaz já estava morto.
O acusado foi contido por populares dentro de uma sala, próximo da portaria do clube. Quando a polícia chegou ele foi preso. O assassinato dele revoltou pessoas que estavam na festa, que ameaçaram agredi-lo.
No dia seguinte, um irmão matou o outro em um posto de gasolina, no bairro Antônio de Brito. O acusado também foi preso, pouco tempo depois em uma fazenda onde morava com a família.