A Polícia Civil de Três Pontas cumpriu, no início da manhã desta quarta-feira (26), um mandado de busca e apreensão contra um suspeito de tráfico de drogas, estelionato e porte ilegal de arma de fogo, no bairro São Judas Tadeu. O alvo é um homem de 34 anos, que possui diversas passagens pela polícia desde a adolescência, já cumpriu pena no Presídio de Três Pontas e, após deixar a unidade prisional, chegou a permanecer por um período sem envolvimento com o crime.
Um dos principais pontos da investigação é a suspeita de que ele circulava armado pelo bairro, utilizando a arma para intimidar moradores. Além disso, é investigado por estelionato. No último sábado (22), ele teria realizado compras de aproximadamente R$ 2 mil em uma farmácia da cidade, adquirindo diversos pacotes de fraldas e produtos infantis para bebê, efetuando o pagamento com um comprovante de PIX falso, o que gerou prejuízo ao proprietário do estabelecimento. Imagens de câmeras de segurança registraram sua ação.
As investigações apontaram ainda que ele foi visto próximo a um condomínio, na motocicleta, ocasião em que teria sido surpreendido por alguns moradores. As investigações também apontaram que havia uma movimentação típica de venda de drogas na residência do suspeito. Segundo o investigador Rodrigo Silva, diante dessas informações foi elaborado um relatório pelo Núcleo da Delegacia Rural de Repressão a Crimes Rurais e remetido à justiça solicitando o cumprimento de buscas.
Durante as buscas desta manhã, alguns pacotes de fraldas foram encontrados em sua residência, alguns pacotes de fraldas que seria da farmácia onde ele aplicou o golpe, mas parte do material já havia sido vendida. Não foi encontrada arma e nem drogas no local. O suspeito conseguiu fugir no momento da chegada dos policiais, escapando pelos fundos da residência.
Após o cumprimento do mandado, a polícia solicitou que o suspeito entregasse a arma. O advogado dele, Dr. Francisco Braga Filho, apresentou o artefato, que na verdade era um simulacro — uma arma de pressão, de disparo com chumbinho, usada no tiro esportivo, mas que impressiona pelo porte e pela semelhança com uma arma de verdade. Com isso, cai a responsabilização criminal pelo porte ilegal de arma de fogo. “A nossa grande preocupação era retirar a arma que ele estaria usando para ameaçar e intimidar as pessoas nas ruas, e isso nós não admitimos”, afirmou o investigador.
A motocicleta que segundo a polícia era usada para cometer os crimes foi apreendida e encaminhada ao pátio credenciado do Detran-MG. As investigações continuam para que todas as condutas atribuídas a ele sejam devidamente apuradas e responsabilizadas.
