Arcebispo de Pouso Alegre enaltece testemunho de fé dos peregrinos que seguiram a pé para Três Pontas

 

*Missa as 9h no Santuário de Nossa Senhora D’Ajuda, foi presidia por Dom José Luis Majella 

Dentro da programação do Dia do Beato Padre Victor, uma das celebrações mais aguardadas aconteceu na manhã desta terça-feira (23), às 9 horas, no Santuário Diocesano de Nossa Senhora D’Ajuda. Tradicionalmente presidida pelo bispo da Diocese da Campanha, a missa deste ano foi celebrada pelo arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, Dom José Luis Majella Delgado, convidado pelo pároco e reitor do Santuário, Cônego Douglas, em razão do período de vacância na direção da Diocese da Campanha.

A celebração foi concelebrada pelo administrador diocesano, Cônego Luzair Coelho de Abreu, por sacerdotes da Diocese da Campanha, cônegos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, além de diáconos e seminaristas. O altar esteve ainda mais especial com a participação de 16 cônegos da Insígnia Colegiada de São Pedro, instituição fundada em 1919 pelo Papa Bento XV. Após ficar quatro décadas desativada, a ordem foi reativada há dois anos e, desde então, seus membros tornaram-se devotos de Padre Victor, que também foi Cônego.

O grupo tem como missão o cuidado dos sacerdotes idosos e doentes no Rio de Janeiro, especialmente daqueles que vivem na Casa do Padre Cardeal Câmara. Atualmente, o espaço acolhe cerca de 30 religiosos que já não possuem condições de exercer atividades pastorais, sobrevivendo exclusivamente de doações. Em meio às dificuldades enfrentadas, os cônegos afirmam recorrer à intercessão do Beato Padre Victor, reconhecido como “Anjo Tutelar” no cuidado aos pobres e às crianças. Por isso, vieram a Três Pontas em peregrinação, para manifestar sua devoção e partilhar sua experiência de fé.

Diante da igreja lotada, Dom José Luis Majella destacou em sua homilia a importância do Ano Jubilar da Esperança. “Não é apenas um evento do calendário, mas um profundo chamado espiritual. Um chamado a renovar nossa confiança em Deus, repensar nossa fé e redescobrir o Evangelho como boa nova, não como uma lei rígida”, afirmou.

O arcebispo também se emocionou ao falar da chegada a Três Pontas. “Ao vir pela rodovia, no sentido de Varginha, vi muitos peregrinos em sua caminhada de fé. Padres relataram a beleza da noite e da madrugada aqui no Santuário, com tantos fiéis participando das celebrações. Este é o caminho da fé: deslocar-se, peregrinar, caminhar. A fé não é ficar parado”, refletiu.

Ele concluiu dizendo que a peregrinação jubilar não é um fim em si mesma, mas o início de algo novo. “Caminhamos juntos e mesmo quem tenha vindo sozinho trouxe no coração a família, a comunidade, os irmãos de fé. Estamos aqui para agradecer, pedir e partilhar os dons que Deus nos deu, colocando-os a serviço de sua obra”, completou.


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