Destaque do TAC na final da Copa Alterosa de Futsal, o goleiro Marolinho emocionou a torcida com sua atuação segura e também com a história que carrega.
Humilde e determinado, ele começou a trajetória no esporte aos 8 anos, quando recebeu um convite do Paulinho Zebrinha para jogar no time do Ponte Alta. Foi ali que o futsal passou a fazer parte da sua vida.
“Meu pai sempre me acompanhava nos jogos. Ele que me apoiou desde o primeiro treino, foi quem me incentivou a jogar no gol”, lembra.
A relação com o pai, Alex Sandro da Silva, era de muita proximidade. “Tudo a gente fazia junto. Quando eu estava longe, a gente se falava quase toda hora por ligação”, conta. Além da saudade do pai, Marolinho também menciona a distância da mãe, Josiane Aparecida da Silva, que mora em São Paulo a trabalho.
Atualmente, o goleiro mora com a avó em Três Pontas, cidade onde também trabalha com o que ama: é funcionário da Três Pontas Academy, escolinha de futebol voltada à formação de jovens atletas.
Hoje, ele vive um dos maiores momentos da carreira no time principal do TAC, mas o coração guarda a dor da ausência. Seu pai faleceu sem ver de perto o filho brilhar em uma final como essa — um momento que era sonho dos dois. A mãe, que trabalha em São Paulo, também acompanha de longe com orgulho.
“Na última final, em 2014, aqui em Três Pontas, eu disse pra ele que um dia iria conseguir chegar. Hoje tenho a segunda chance de ganhar esse título por ele”, diz.
Uma geração unida pelo futsal
Marolinho destaca a força do grupo que compõe o elenco do TAC. “Esse time nosso é uma geração da Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira, onde jogamos por anos juntos. Meninos nascidos de 1996 a 2001. A gente merece muito ganhar esse título”, afirma.
A preparação, segundo ele, exigiu esforço extra da equipe. “Foi muito boa e cansativa. Treino terça e quinta das 20h às 22h. A turma, cansada do trabalho, fazia o esforço de ir pra gente chegar nesse momento tão especial.”
Mesmo com a tensão de uma decisão, o goleiro manteve a serenidade. “No primeiro jogo da final me senti muito tranquilo, graças a Deus. Aquele frio na barriga é normal de sentir, mas logo passa.”
Amor ao esporte e novos sonhos
“Hoje, no esporte, é só por amor. O futsal é extremamente especial pra mim. Mas ainda tenho alguns sonhos, de jogar competições em outras regiões”, conclui.
Um brilho que vai além das quadras
Mais do que defesas e títulos, Marolinho representa a força de quem nunca desistiu, mesmo diante da saudade e das dificuldades. Sua história inspira não só os companheiros de equipe, mas também toda uma geração que encontra no esporte um caminho de esperança.
Enquanto a torcida vibra com suas defesas, ele segue firme, com os pés no chão e o coração carregando a promessa que fez ao pai. No primeiro jogo da decisão, o goleiro brilhou com suas defesas e ainda fez um golaço. Neste próximo sábado, ele tem a chance de levantar a taça de campeão.